O aterro sanitário de Guaratuba vai esgotar sua capacidade de receber lixo no auge da temporada, no dia 15 de janeiro, advertiu o diretor de Meio Ambiente de Guaratuba, Vicente Variani, nesta segunda-feira (22), na Câmara de Vereadores.
Variani foi prestar informações a respeito do lixo e do mau cheiro proveniente da Estação de Tratamento da Sanepar por proposição do vereador Paulo Araújo (PSC), mas quase foi impedido pelo presidente da Câmara, Claudio Nazário (PSDB), a se pronunciar.
Nazário reclamou que a prefeita Evani Justus (PSDB) não respondeu ao ofício da Câmara com o convite. Diante do impasse, Paulo Araújo pediu que fosse concedido ao diretor de Maio Ambiente o espaço destinado á comunidade, a Tribuna da Câmara. “Tá bom, eu deixo ele falar”, concedeu Nazário.
Variani ocupa uma diretoria que na estrutura oficial da prefeitura ainda é uma secretaria. Na prática, trabalha subordinado ao supersecretário de Infraestrutura, Carlos de Carvalho.
Na explanação que fez na Câmara, tratou de diversos assuntos: do lixo á recuperação da orla marítima, passando pela nova política de resíduos sólidos que será adotada em Guaratuba e deve enfrentar resistências.
De acordo com Vicente Variani, o fato de o Governo do Estado assumir a coleta de lixo e a limpeza urbana durante a temporada de verão não traz benefícios que compensem o passivo ambiental deixado a cada ano. Segundo a prefeitura, os 32 mil habitantes da cidade produzem em média 30 toneladas de lixo. Destes, 2 toneladas são recicladas e 28 vão para o aterro. Durante a temporada o volume diário ultrapassa 70 toneladas.
A previsão é que até o dia 15 de janeiro se esgote a capacidade do primeiro dos três lotes que foram previstos para o aterro. Para resolver o problema em plena temporada, a prefeitura sugere iniciar a ocupação do segundo lote, utilizando as lagoas de tratamento do lote 1.
Segundo Variani, só o projeto de utilização do segundo lote custa em torno de R$ 80 mil. Sua instalação completa custaria em torno de R$ 2,5 milhões.
Até o momento, a prefeitura não obteve ainda o aval necessário do IAP (Instituto Ambiental do Paraná), mas considera que sua proposta é mais barata e mais viável no prazo disponível. O custo da medida paliativa seria entre R$ 350 mil e R$ 380 mil, informou o diretor
Foto:Glauco Souza Lobo
Fonte: Correio do Litoral.com