Antes de fechar um contrato de conexão de banda larga, verifique suas reais necessidades para não pagar caro por algo que vai desperdiçar
Era de se esperar que o Brasil, país recorde no tempo de uso de internet e destaque nos principais sites de relacionamento virtual, como Orkut, Facebook e Twitter, almejasse cada vez mais velocidade e qualidade de conexão. A corrida pela novidade, no entanto, exige cuidados redobrados - para que centenas de consumidores não acabem jogando dinheiro fora. A banda larguíssima não é indicada para todos os internautas, principalmente aqueles que utilizam o computador apenas para ler e-mails, compartilhar fotos com amigos e baixar alguns vídeos no fim de semana.
A própria Oi indica velocidades até 20 Mbps para as residências e as outras (de 40, 60 e 100 Mbps) para escritórios, que precisam compartilhar a banda entre os funcionários. O exemplo disso está no Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), a primeira empresa local a utilizar a novidade e que, mesmo englobando cerca de 800 usuários experientes, que trabalham com tecnologia, não conseguiu ultrapassar a marca dos 60 Mbps. “Liberamos a conexão para ser feito downloads por todo mundo e mesmo assim não atingimos a capacidade máxima. Mas agora conseguimos baixar arquivos de 1GB em 30 minutos, o que facilita a execução de alguns projetos, que trabalham com downloads grandes, como filmes em alta resolução”, conta o consultor de segurança, Rodrigo Assad, que não revela o número exato, mas já estava acostumado com velocidades próximas a 10 Mbps, cedidas especialmente pela Oi para o Cesar.
Basicamente, a nova banda larga permite downloads muito mais rápidos, mas ainda não possuem IP fixo (que permitiria serviços avançados) e nem altas taxas de upload. Em outras palavras, você poderá baixar arquivos muito rapidamente, mas não poderá enviar fotos para o Flickr ou vídeo para o YouTube da mesma maneira. No entanto, espera-se que a conexão seja mais estável (nem caia e nem oscile). Até o fechamento desta edição, a Oi não havia revelado qual a taxa média de upload disponível; já no caso da GVT, a taxa varia de acordo com o plano contratado, de 750Kbps (para planos de 3 mega) a 10 Mbps de upload (para 100 mega).
Por fim, vale lembrar que nem todos os computadores estão preparados para internet rapidíssima. Além de possuir uma placa de rede adequada (que suporte a conexão desejada), você precisa de modens mais modernos, que possibilitem o recebimento da banda. Em outras palavras, você não poderá colocar um caminhão para trafegar num beco estreito de Olinda. Mesmo para quem baixa muitos dados, como os usuários que usam softwares de troca de arquivos, estilo Torrent e eMule, podem acabar tendo o acesso limitado pelos próprios sites - para evitar que você roube a rede de todos os usuários.
Tecnologia - Para levar a velocidade de até 100 Mbps para a sua casa, a Oi separou parte da rede de dados e de telefonia - criando uma infraestrutura independente para ambos os serviços. A internet utiliza fibra ótica para chegar em sua casa ou escritório, além de tecnologia ADSL2+ e VDSL2. “Com este lançamento, queremos oferecer uma experiência ainda melhor de acesso aos mais de 4 milhões de clientes que a empresa possui em banda larga”, diz João Silveira, diretor de mercado da Oi, que espera investir cerca de R$ 6 bilhões nas ações de expansão da novidade para o resto do país. Um detalhe: todas as pessoas que optarem por conexões de 100Mbps, receberão links dedicados (exclusivos), sem compartilhamento, direto em casa ou no escritório .
Esse post foi escrito em 17 de setembro, 2009 às 9:00 e está arquivado sob Internet, Mercado, Pernambuco. Você pode seguir eventuais respostas a esta entrada através do feed RSS 2.0. Você pode deixar uma resposta, ou trackback a partir do seu próprio site.
