O governo enviou o presidente do PT, José Eduardo Dutra, para acompanhar o depoimento do tesoureiro do PT e ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), João Vaccari Neto, no Senado nesta terça-feira (30/03). Vaccari é acusado pelo Ministério Público de São Paulo de desviar recursos da cooperativa para campanhas do partido, inclusive as do presidente Lula.
Mas, para os senadores, Vaccari negou todas as denúncias. Ele foi ouvido em audiência conjunta pelas Comissões de Fiscalização e Controle e de Direitos Humanos.
Para o senador Alvaro Dias (PSDB/PR), autor do requerimento convidando Vaccari, o tesoureiro tem que ser ouvido pela CPI das ONGs onde foi convocado: “Na CPI temos mais condições de ajudar o Ministério Público na responsabilização civil e criminal. No depoimento de hoje, como convidado, Vaccari foi mais importante pelo que não disse do que pelo que disse, pois ele evitou aprofundar as questões suscitadas sobre o escândalo da Bancoop. Suas respostas foram superficiais e não esclareceram as principais dúvidas. Vaccari passa a idéia de que não terá argumentos diante do Ministério Publico para escapar da denúncia. O promotor José Carlos Blat ainda não concluiu seu trabalho, mas está armado de provas documentais e testemunhais”, disse o senador.
Questionado se aceitaria uma acareação com o corretor Lúcio Bologna Funaro, Vaccari disse que precisava consultar a direção do PT. De acordo com depoimento do corretor à Procuradoria Geral da República, os recursos desviados da cooperativa seriam utilizados para abastecer o esquema do mensalão.
Fonte :Assessoria de Comunicação - Gabinete do Senador Alvaro Dias
Jornalista responsável: Cristiane Salles
