sábado, 24 de abril de 2010

PRISÃO NA OPERAÇÃO ECTOPLASMA E ESCLARECIMENTO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO PARANÁ


Equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado (MP) realizaram na manhã desse sábado a primeira fase da "Operação Ectoplasma", que investiga crimes cometidos por integrantes da Assembleia Legislativa. Foram presas dez pessoas, entre elas o ex-diretor-geral da Casa, Abib Miguel e apreendidos R$ 250 mil em dinheiro e seis armas.

Também foram apreendidos 73 veículos que seriam de Abib Miguel. Os carros fariam parte de uma coleção de automóveis antigos do ex-diretor da Assembleia. Segundo o coordenador estadual dos Gaecos, Leonir Batisti, ainda não há uma estimativa de quanto vale a coleção.

A operação começou por volta das 4 horas da manhã, com o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e em uma garagem na região do Seminário, em Curitiba. Na casa e no carro de Miguel foram encontrados R$ 50 mil em dinheiro - a maior parte em real, mas foram encontrados dólares e euros - além de um saco de lixo com papéis picotados, que a polícia suspeita serem documentos destruídos.

Segundo Batisti, as prisões e apreensões tem relação com o caso das agricultoras Jermina Maria Leal da Silva e Vanilda Leal, que teriam recebido R4 1,6 milhão da Assembleia. Ambas também foram presas por "não estarem colaborando com a investigação".
"Elas apresentaram uma estranha lealdade e disseram em todos os depoimentos que preferiam manter o silêncio", contou o procurador. Batisti diz que há indícios que, embora o dinheiro pago pela Assembleia não tenha sido usufruido por elas, as duas teriam recebido benefícios pelo esquema. "Elas estão construindo uma casa", informou.

Além de Miguel e das duas agricultoras também foram presos José Ary Nassiff, ex-diretor administrativo da Assembleia, Cláudio Marques da Silva, ex-diretor de recursos humanos da Casa, João Leal de Mattos, servidor efetivo do legislativo, além da esposa, filha, cunhada e sogra dele. Todos, segundo Batisti, teriam se beneficiado do esquema.

Na residência de Claudio Marques o Gaeco encontrou R$ 200 mil em dinheiro. "Ele disse que vinha enfrentando um litígio pessoal e por isso mantinha essa quantia em casa", explicou Batisti. Também foram encontradas seis armas sem registro e munição de uso restrito. Por conta dessa descoberta, Marques foi preso também em flagrante por posse ilegal.

As prisões realizadas neste sábado foram determinadas pelo juiz Aldemar Sternadt, da Vara de Inquéritos Policiais de Curitiba, que decretou prisão temporária por cinco dias do grupo. Os dez presos estão sendo mantidos na sede do Gaeco, em Curitiba, mas podem ser transferidos para o Centro de Triagem II, a qualquer momento. Abib Miguel e José Ary Nassiff são advogados e tem direito a prisão especial. Ainda não se sabe para onde eles serão transferidos.

Segundo Batisti já há indícios de que o grupo tenha cometido crimes de formação de quadrilha, pecutado (desvio de dinheiro público), falsidade ideológica e estelionato.
FONTE:PORTAL "JORNALE".


EM ESCLARECIMENTO A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO PARANÁ ENVIOU UMA NOTA EM SEU PORTAL.


Notícia

24/04/2010
14:11

- NOTA OFICIAL

A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná tem colaborado incansavelmente com todas as investigações em andamento no Ministério Público. Todos os pedidos de informação e entrega de documentos foram atendidos antes do prazo determinado. A celeridade na entrega das informações foi fundamental para que o Ministério Público pudesse dar andamento às suas investigações.

Decisões da Justiça tem que ser respeitadas, acatadas e cumpridas. A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná continuará cumprindo seu papel e colaborando com as investigações.



Curitiba, 24 de Abril de 2010.



Diretoria de Comunicação da Assembleia Legislativa do Paraná

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